quinta-feira, 30 de setembro de 2010

Hoje é o último dia para solicitar a segunda via do título eleitoral

Mais uma vez milhares de eleitores deixaram para comparecer no fim do prazo estipulado pela Justiça Eleitoral e solicitar a impressão da 2ª via do título de eleitor. Desde ontem (29), enormes filas são formadas em frente ao cartório eleitoral de Macapá onde, quem ainda não tem o documento, aguarda por atendimento.
Para votar no próximo domingo (3), o eleitor que perdeu ou teve o título extraviado têm de pedir uma segunda via (reimpressão) do documento, em qualquer cartório eleitoral do país. Embora o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) tenha autorizado desde junho a reimpressão, e prorrogado o fim do prazo que encerrava dia 23 passado para hoje (30), muitas pessoas deixaram para o último dia.
Com o objetivo de garantir o direito do voto de todos os cidadãos, mesmo daqueles eleitores que estiverem fora do seu domicílio eleitoral, os cartórios em todo o país chegaram a realizar plantões nos fins de semana e feriados. Mesmo com as campanhas nos meios de comunicação sobre o fim do prazo e o apelo dos dirigentes do TSE e dos TREs, as filas não foram evitadas.
Como sempre, a desculpa foi à falta de tempo ou desinformação sobre o fim do prazo. A estudante Márcia Crislene Araújo foi uma das que alegavam não ter encontrado tempo.
Só podem pedir a reimpressão os eleitores que já tinham ou pediram o título até 5 de maio deste ano, data em que foi fechado o cadastro eleitoral de 2010.

Dois documentos

Na mesma sessão em que o TSE decidiu estender o prazo para pedido de reimpressão do título, o tribunal reiterou a obrigatoriedade da apresentação do título e de um documento oficial com foto para votar nas próximas eleições. A exigência da apresentação dos dois documentos foi introduzida na Lei das Eleições por meio da Lei 12.034/09.
Como documentos oficiais, serão aceitos a carteira de identidade ou documento de valor legal equivalente (identidade funcional), carteira de trabalho ou de habilitação com foto e certificado de reservista. Já as certidões de nascimento ou casamento não serão admitidas como prova de identidade.
Estão aptos a votar nessas eleições 135.804.433 brasileiros. No dia 3 de outubro, serão escolhidos o novo presidente da República (e seu vice), 27 governadores, 54 senadores (renovação de 2/3 do Senado Federal), 513 deputados federais e 1.069 deputados estaduais/distritais. Caso nenhum candidato a presidente ou a governador alcance a maioria dos votos válidos neste dia, haverá segundo turno no dia 31 do mesmo mês.

PF apreende propaganda de Pedro Paulo




                                                 "Santinhos" apreendidos na viatura

A Polícia Federal apreendeu na manhã de hoje  propaganda política do governador Pedro Paulo Dias (PP), candidato à reeleição.  O que configura o crime eleitoral é que a propaganda estava numa viatura da Polícia Civil que, poderia, estar sendo usada para distribuir os
Também na manhã de hoje, a PF esteve no depósito da Secretaria de Inclusão e Mobilização (SIMS). Lá encontrou 600 litros de óleo diesel e 200 litros de combustível, que provavelmente seriam usados para abastecer veículos usados na campanha.
Por enquanto, a PF não afirma que se trata de crime eleitoral. É necessária uma investigação para descobrir qual o destino que seria dado aos 800 litros de combustível. Mesmo que não se trate de crime eleitoral, um outro crime foi cometido: o ambiental. O combustível estava acondicionado em lugar impróprio e colocando em risco a segurança e vida dos funcionários do depósito e da vizinhança. Neste momento, Francisco Rachid – funcionário responsável pelo depósito da SIMS – está depondo na PF. No mesmo depósito foi encontrada grande quantidade de cestas básicas.
Até abril deste ano a secretária de estado da Inclusão e Mobilização Social era Marília Góes, esposa do ex-governador Waldez Góes. Quando Pedro Paulo assumiu o governo, nomeou sua mulher Denise Dias para a pasta.
A manhã foi movimentada na sede da Polícia Federal. O telefone 3213-7500 não parava de tocar. Eram denúncias sobre supostos crimes eleitorais.
De acordo com uma denúncia, carros particulares estavam sendo abastecidos na Secretaria de Transportes (Setrap). A PF esteve lá e apreendeu a lista dos carros abastecidos, agora investiga se são carros oficiais ou particulares.

Sarney e Capi? E daí?

O direito de resposta de Sarney no programa de Camilo Capiberibe ontem é o assunto em todas as rodas. Nele Sarney diz que apoiou João Capiberibe (PSB) na eleição para o governo em 1994 e com ele manteve “estreita convivência“  mas que nem por isso indicou alguém para fazer parte do seu governo.
De um lado, aliados de Capi negam. Dizem que Sarney, como sempre, está mentindo e que o PSB nunca na história desse Amapá teria qualquer tipo de relação com o senador maranhense.
Do outro lado, adversários de Capi comemoram a declaração de Sarney, afirmando que “a máscara caiu”, que a verdade escondida a sete chaves apareceu e outras coisas do tipo.
Ora, ora, não vejo motivo nenhum para tanto estardalhaço. Sarney apoiou Capi? E daí? Que candidato recusa apoio?
Em 1994, o candidato do PMDB ao governo era Salomão Alcolumbre. Passaram para o segundo turno João Capiberibe, do PSB coligado com o PT, e Jonas Pinheiro, apoiado pelo então governador Anníbal Barcellos. Sarney não gostava de Barcellos e os Borges muito menos. Daí que resolveram apoiar Capiberibe para derrotar o grupo barcellista. O PMDB todo entrou na campanha do Capi, os Borges e Manuel Antônio Dias assumiram a coordenação da campanha, que passou a funcionar numa casa na avenida Iracema Carvão Nunes, pertinho da Caixa Econômica. No material de campanha foi inserida a cor verde, que identificava os Borges. Na época, Capi inclusive chegou a dizer que Gilvam Borges era o general de sua campanha.
O objetivo foi atingido. Grupo do Barcellos derrotado. Capi eleito.
Sarney jura que não participou do governo, que apoiou sem nada pedir. Os Borges participaram. Depois, como era esperado, veio o racha.
Se Capi tivesse recusado o apoio do PMDB teria sido eleito? Não sei.
Na política é e sempre foi assim: adversários se tornam aliados, aliados viram adversários. Quem está hoje  no palanque de um, amanhã estará no palanque de outro.