sábado, 27 de novembro de 2010

Gilvam desvenda mistério do avião com dinheiro

Na última quarta-feira (24), o senador Gilvam Borges (PMDB) usou a tribuna do Senado Federal para falar sobre os ataques sofridos na imprensa nacional, envolvendo a antiga disputa entre ele e o ex-senador João Capiberibe (PSB).Gilvam foi mais além. Falou de tentativas de suborno, ameaças e, também, do misterioso caso do avião que pousou em Macapá com R$ 6 milhões às vésperas do segundo turno.

Acompanhe na integra o discurso:



“Senadores, senadoras
De tanto se repetir uma mentira, ela acaba se transformando em verdade. Esta frase preferida pelo ministro da propaganda nazista tornou-se um referencial para a necessidade de ser restabelecida a verdade quando uma mentira persiste em querer fixar-se.
Interromper a mentira enquanto há tempo é o que me obriga a assumir a tribuna, porque como diz a frase atribuída a Wilson Churchil, “a mentira dá uma volta inteira ao mundo antes mesmo da verdade ter oportunidade de se vestir”.
No mundo de hoje em que as notícias se espalham em velocidade inimaginável, integrado que estamos pela internet, é imprescindível que a verdade seja dita e repetida para se sobrepor à mentira.
Não é a primeira vez que o senhor Capiberibe utiliza veículos de comunicação com repercussão nacional e vale-se de amigos para exercer uma pretensa defesa da verdade, que ele criou para ocultar a obscura e verdadeira face do engodo e da mais espúria forma de galgar ao poder, numa democracia como a nossa, que é a compra de votos, agravada pela corrupção de compra de testemunhas.
O PSB mobiliza a sua tropa de choque disseminando as inverdades pregadas por Capiberibe. Vi esse filme e por ele esperava esse final. Os mesmos atores após cinco anos se apresentam novamente, para tentar reverter o irreversível. Ficha suja, cassado. Isso é fato. Isso, dando a inelegibilidade, computando os votos nulos, lamento profundamente em ver e estar assistindo como se fosse há cinco anos atrás.
As inverdades pregadas por Capiberibe continuam. É até compreensível na busca de ampliar a representação nesta Casa, mas as formas espúrias utilizadas para vencer as eleições estão provadas nos autos do processo que a qualquer custo teimam em querer destruir.
Não é a primeira vez que tentam desqualificar o recurso que resultou na cassação de seu mandato e, também, não é a primeira vez que tentam corromper as testemunhas do processo. Durante julgamento no TSE, o advogado dos Capiberibes, Antônio Vieira Neto, Jardel Nunes, ex-secretário do governo Capiberibe, e um militante do PSB, Maicon, lotados no gabinete de João Capiberibe no Senado, tentaram corromper as testemunhas do processo oferecendo R$ 20 mil para cada uma delas, caso mudassem seus depoimentos feitos em juízo. Diante da negativa, passaram a ameaça-las, inclusive de morte.
Na época, o procurador eleitoral e hoje procurador geral da República, Dr Roberto Monteiro Gurgel, emitiu parecer condenando a prática, exigindo urgência no julgamento para evitar que a pressão sobre as testemunhas continuassem.
A Polícia Federal investigou a ocorrência e o Ministério Público Estadual propôs a respectiva ação penal contra os asseclas de Capiberibe por crime tipificado no artigo 343 do Código Penal. O processo tramita na 1ª Vara Criminal da Comarca de Macapá. A única testemunha dos Capiberibes no processo de cassação foi favorecida por eles e nomeada assessora parlamentar no gabinete de Janete, na eminência de serem alcançados pela Lei Ficha Limpa. Novamente tentam publicar as versões criadas para favorecer os Capiberibes diante da opinião pública.
Um jornal publicou como matéria de capa no dia 17 deste mês a inexistência de uma testemunha bombástica. No dia seguinte, deu continuidade à matéria impondo credibilidade às informações prestadas por minha assessoria.
Na segunda tentativa de corrupção das testemunhas foi desmascarada ainda esta semana. Durante entrevista, uma jornalista amazonense enviada especialmente ao Amapá, pegou relato da tal testemunha bombástica que ofereceu as testemunhas e seus maridos, em nome de Capiberibe, a quantia de R$ 100 mil para que cada um deles mudassem os seus depoimentos na ação de compra de votos. Impossível. E agora, nas últimas tentativas de, através de matérias pagas e de mobilização, fazer de conta que não houve nenhum julgamento. O enfrentamento já está feito. É ficha suja sim. E nós, através do Ministério Público que tomou depoimento das testemunhas, sofreram constrangimento e foram vítimas do mesmo ato criminoso. Olha que não tem sido fácil. Acompanhamos, lutamos, tivemos uma votação grandiosa e um reconhecimento em todo o Amapá e fomos eleitos, proclamados pelo próprio TRE/AP.
E aí? O que está acontecendo? É um ataque fulminante ao projeto da Lei Ficha Limpa. Tentam reverter o irreversível e a lei deve prevalecer. A história registra e não nos esquecemos que durante os oito anos de governo Capiberibe, nomeou sua irmã para o cargo vitalício de conselheira do Tribunal de Contas do Estado, órgão que julgava as contas do seu governo. Capiberibe tirava preso da cadeia e levava para o Palácio, afrontando o Judiciário. Desrespeitava os Poderes e perseguia quem estivesse em seu caminho. Graças a Deus tive a felicidade de estar no meio do seu caminho, para servir ao meu Estado e deter a farsa e a perseguição. Assim estamos nessa grande luta.
O que ofereço ao Congresso já no meu terceiro mandato de senador da República é a minha ética, o meu coração aberto e a força de trabalho. Sou um homem honesto e justo, dentro das ações e representatividade do meu Estado. Agora, pasmem, não adiantou. Continua do mesmo jeito. As vésperas do segundo turno das eleições deste ano, uma aeronave oriunda de Pernambuco, Estado governado pelo PSB, foi apreendida pela Polícia Federal, transportando R$ 6 milhões em espécie. Jogo pesado. Compra, roubo, extorsão. E não temem. Temos informações de que a mesma aeronave, também, pousou no Aeroporto Internacional de Macapá no primeiro turno. Foi a campanha mais rica que o Amapá já viu. Mas, e aí, pousa de bom moço e tenta repetir o que já fez. Portanto, eu não poderia deixar de esclarecer a esta Casa, que alguns colegas, tanto da Câmara como do Senado, prestando serviço ao seu partido, desconhecem o processo.
Fatos lamentáveis quando ele diz no processo que foi cassado pela compra de dois votos. Mentira. Cinco mil e oitocentos votos. Está lá no processo. Só não poderiam chegar no Tribunal cinco mil e oitocentas testemunhas. Está lá no processo. Portanto, estamos firmes, revitalizados, espiritualmente bem sustentados pelo povo do Amapá e pela Justiça. Inelegíveis, votos nulos e assim, todos nós que respeitamos a democracia, estaremos sempre prontos para receber qualquer sanção dentro do processo legal devido. O TSE estará como corte justa a interpretar a lei e fazer com que ela se cumpra. Portanto, ao Amapá meus agradecimentos pela nossa votação. Meus agradecimentos e quero dizer que a partir de hoje estamos a postos para qualquer tipo de intervenção que possa ocorrer. A verdade precisa ser dita e acredito na Justiça e no povo amapaense, como também em Deus que tem me garantido boa saúde e inteligência para exercer minhas funções no Senado. Era o que eu tinha a dizer senhora presidenta e agradeço aos meus pares. Vocês podem sempre contar com o senador Gilvam Borges, o homem das sandálias. Muito obrigado!”.

O OUTRO LADO - Ontem, a reportagem entrou em contato com a assessoria de Camilo Capiberibe e de João Capiberibe, mas os mesmos não quiseram se pronunciar sobre o assunto

REFLEXÃO: Ame a vida


Quem é o homem que ama a vida e quer longevidade para ver o bem? Salmo 34:12

Em 1908, na cidade de Berlim, um jovem pianista polonês, de 21 anos, chamado Arthur Rubinstein, estava sozinho, faminto, endividado, e sua carreira estava num impasse. Ele pensou que nada mais lhe restava a não ser o suicídio. O problema era como se matar. Ele não tinha arma, nem veneno, e a ideia de saltar pela janela lhe era repugnante. “Se fizer isso, talvez eu tenha de continuar vivendo com os braços e as pernas quebradas”, explicou ele.

Então resolveu enforcar-se com o cinto de seu roupão. Foi ao banheiro, subiu numa cadeira e amarrou uma ponta do cinto num gancho acima de sua cabeça. Daí amarrou a outra ponta em volta do pescoço e derrubou a cadeira com os pés. Mas o cinto, um tanto gasto, se rompeu e Rubinstein caiu pesadamente ao chão. Por algum tempo ele ficou ali caído, chorando. Depois foi ao piano e derramou seu coração na música. Mais tarde, na rua, ele viu o mundo como se tivesse nascido de novo. O famoso pianista jamais se esqueceu do que aquela experiência lhe ensinou: “Ame a vida”, disse ele, “na felicidade ou na tristeza, sem fazer exigências.”

Haveria alguma coisa melhor do que ter uma segunda chance de viver? Pois foi exatamente isso que Jesus deu ao Seu amigo Lázaro: uma nova vida. Lázaro havia adoecido e morrera. Mas não ressuscitou doente. Ressurgiu do túmulo com saúde e cheio de energia para viver mais alguns anos.

O fato de estarmos em Cristo e sermos Seus amigos não nos tornará imunes à doença e à morte, enquanto estivermos deste lado da eternidade. De vez em quando, teremos que tomar alguns goles do cálice da amargura. É importante salientar isso, porque muitos de nós vivemos tão protegidos que temos a sensação de que nada realmente ruim poderá nos sobrevir. E quando isso acontece, ficamos chocados, desesperados, e alguns nunca conseguem se recuperar.

Parece que as gerações que nos antecederam estavam mais preparadas para enfrentar os reveses da vida. Eles sabiam, por experiência própria, que a vida era dura e, às vezes, cruel. Por isso, se preparavam psicológica e espiritualmente para as dificuldades que pudessem vir. Nós, por outro lado, esperamos que a vida seja sem dor. E não nos preparamos para ver nossos sonhos destruídos. Talvez seja por isso que sejamos mais propensos à depressão do que nossos antepassados.

O fato de estarmos em Cristo não é um atestado de imunidade ao sofrimento. Mas significa que o mesmo Jesus que ressuscitou Lázaro pode nos dar nova vida, não só naquele grande dia, mas aqui e agora.