A candidata do PT à Presidência da República, Dilma Rousseff, disse hoje que a prisão de 18 pessoas no Amapá, inclusive do candidato ao Senado Waldez Góes (PDT), para quem o presidente Luiz Inácio Lula da Silva pediu votos, está 'absolutamente de acordo com o que nós sempre fizemos', dando a entender que a postura do governo federal diante de casos semelhantes é sempre a mesma.
'A gente tem tido em relação à Polícia Federal (que efetuou as prisões), à Controladoria-Geral da União e a todos os órgãos de investigação a seguinte informação, que sempre foi a do presidente Lula: desmantela esquema de corrupção, doa a quem doer', afirmou, em entrevista coletiva no início desta tarde em Porto Alegre. Dilma está na capital gaúcha para acompanhar de perto os primeiros dias de vida do neto Gabriel e falou com os jornalistas numa sala do Hospital Moinhos de Vento.
A petista também negou a possibilidade de promover um ajuste fiscal num eventual governo. 'Com a inflação sob controle, com a dívida pública caindo, com economia crescendo, eu vou fazer ajuste fiscal para contentar a quem?', questionou. 'O povo brasileiro não ganha com isso.' Dilma reiterou que os governos recorrem a ajustes fiscais quando estão quebrados, o que não seria o caso do Brasil. A candidata prometeu, no entanto, que fará controle de gastos, que considera obrigação de qualquer governo.
Ao final da entrevista, um repórter questionou Dilma sobre fraldas. Como ouviu mal, Dilma confundiu o tema e, demonstrando bom humor, respondeu: 'Eu não falo mais sobre fraudes. Vocês perguntem isso para o meu adversário (José Serra, do PSDB), porque essa é a pauta dele.'