Barba e roupas cobrem todos os desenhos pelo corpo de Vitor Martins.
Quem vê o papai noel sorridente e com semblante tranquilo em um trono no Shopping Metrô Santa Cruz, na Zona Sul de São Paulo, não imagina que sob o manto vermelho do "bom velhinho" há uma coleção incalculável de tatuagens coloridas. Com 94% do corpo adornado com os desenhos, o artista plástico Vitor Martins, de 55 anos, faz há uma década a alegria da criançada no período que antecede o Natal.
“À paisana”, Vitor tem poucas semelhanças físicas com o papai noel. Com exceção do cabelo e da barba compridos, ele, ao contrário dos tradicionais, não é gordo nem idoso. “Mas gosto muito de criança. Isso é fundamental para qualquer papai noel”, ressaltou.
Nos últimos meses do ano, o artista adota uma rotina regrada para aguentar as cerca de dez horas de trabalho diário. Ele acorda cedo, vai até uma academia perto de sua casa, em São Caetano, no ABC, e se exercita. Ao voltar para casa, bebe quatro copos de leite batido com suplemento alimentar, toma banho e pega trem e metrô em direção ao trabalho.
Por volta das 10h, chega ao seu camarim e começa a “incorporar” o personagem. Na pequena sala, além de um espelho e das roupas, há frutas, água e refrigerantes. Primeiro, ele calça botas negras e veste a calça vermelha, além de camiseta com enchimento que simula a barriga do papai noel. Depois vem uma camisa longa e a jaqueta. Por último, o cinto, um par de luvas brancas, o gorro e os óculos de aros finos terminam a transformação.
A barba e as vestimentas cobrem todas as tatuagens. Na opinião de Vitor, se os desenhos aparecessem não haveria problema com as crianças. “Tenho tatuagens natalinas. Quando os meninos olham, eu mostro o desenho do papai noel”, afirmou, acrescentando: “Acho que os pais ligariam mais”.
Diversão
O trabalho no shopping é, na maior parte das vezes, prazeroso. Além de se divertir, ele recebe um cachê alto pelo serviço – a cifra, diz, é superior a R$ 10 mil. Em algumas ocasiões, porém, ele perde a paciência, como quando um menino com as mãos sujas tentou subir em seu colo.. “Não é brincadeira a lavagem de uma roupa como essa”, afirmou. A situação foi resolvida quando Vitor pediu para que a criança lavasse a mão. “Elas são inocentes."
Diversão
O trabalho no shopping é, na maior parte das vezes, prazeroso. Além de se divertir, ele recebe um cachê alto pelo serviço – a cifra, diz, é superior a R$ 10 mil. Em algumas ocasiões, porém, ele perde a paciência, como quando um menino com as mãos sujas tentou subir em seu colo.. “Não é brincadeira a lavagem de uma roupa como essa”, afirmou. A situação foi resolvida quando Vitor pediu para que a criança lavasse a mão. “Elas são inocentes."
O comportamento dos pequenos varia de criança para criança. “Tem uns que te agradecem, beijam , dizem obrigado. Outras são tímidas, ficam quietas.” A maioria, porém, adora fazer uma coisa: puxar a barba. “Nunca regulei. Acho que quando elas colocam a mão na barba, percebem a figura do papai noel. Isso é muito bacana”, completou.
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