quarta-feira, 15 de setembro de 2010

MPF pede prorrogação da prisão de seis envolvidos na Operação Mãos Limpas

Informação que se tinha até às 21h de ontem era de que 12 dos acusados seriam liberados no início da madrugada de hoje




 
  Pelo menos 12 das 18 pessoas presas pela Polícia Federal em Macapá, sexta-feira, durante a Operação Mãos Limpas, ficaram de ser liberadas da Penitenciária Papuda, no Distrito Federal, no início da madrugada de
hoje. É que a prisão temporária inicial de cinco dias teve o prazo expirado à meia noite.
Os outros seis presos tiveram as suas prisões estendidas por mais cinco dias a pedido do Ministério Público Federal atendido pela Justiça, sob a argumentação de que a prorrogação é necessária para não comprometer os depoimentos em curso e o andamento das investigações.
Como o inquérito está sob segredo de justiça, o nome dos envolvidos não pode ser divulgado.
De acordo com o que foi divulgado pela Polícia Federal, durante a Operação Mãos Limpas, os 18 presos em Macapá levados para Brasília, na mesma sexta-feira, integravam organização criminosa. Eles são servidores públicos, agentes políticos e empresários.
As investigações foram iniciadas em agosto de 2009 e o esquema desviou recursos estimados em mais de R$ 300 milhões.
As apurações, conforme a Polícia Federal, revelaram indícios de um esquema de desvio de recursos da União que eram repassados à Secretaria de Educação do Estado do Amapá, provenientes do Fundeb (Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica) e do Fundef (Fundo de Manutenção e Desenvolvimento do Ensino Fundamental).
Durante as investigações, a polícia constatou que a maioria dos contratos administrativos firmados pela Secretaria de Educação não respeitavam as formalidades legais e beneficiavam empresas previamente selecionadas.
Apenas uma empresa de segurança e vigilância privada manteve contrato emergencial por três anos com a Secretaria de Educação, com fatura mensal superior a R$ 2,5 milhões, e com evidências de que parte do valor retornava, sob forma de propina, aos envolvidos.
Segundo a PF, o mesmo esquema era aplicado em outros órgãos públicos. A polícia identificou desvios de recursos no Tribunal de Contas do Estado do Amapá, na Assembleia Legislativa, na Prefeitura de Macapá, nas secretarias de Estado de Justiça e Segurança Pública, de Saúde, de Inclusão e Mobilização Social, de Desporto e Lazer e no Instituto de Administração Penitenciária.

Nenhum comentário:

Postar um comentário