segunda-feira, 13 de setembro de 2010

Após prisão de governador, Lula diz que todo ‘bandido’ é preso

MACAPÁ - O presidente Luiz Inácio Lula da Silva citou nesta segunda-feira (13), em Criciúma (SC), a prisão do governador do Amapá, Pedro Paulo Dias (PP), investigado por supostamente liderar uma quadrilha que desviava recursos estaduais e da União. Ao comentar o combate à corrupção, Lula disse que “bandido” só não é preso no Brasil “se não for bandido”.
- Quando tem roubo a gente pega. Vocês viram o que aconteceu no Amapá. Só tem um jeito de um bandido não ser preso nesse, País é não ser bandido. Porque se for bandido e a gente descobrir, a gente pega-, disse.
O presidente afirmou que antigamente denúncias de corrupção não eram investigadas como no atual governo. “Houve um tempo que não era assim. Houve um tempo que era mais fácil levantar o tapete e jogar para baixo. Agora não".
Lula participou no início da tarde desta segunda-feira de entrega de trechos da BR-101/SC, lançamento do edital do túnel do Morro do Formigão e da assinatura do contrato do projeto da via expressa de Florianópolis.
Operação Mãos Limpas
O governador do Amapá, Pedro Paulo Dias (PP), o presidente do Tribunal de Contas do Amapá, José Júlio de Miranda Coelho, o ex-governador do estado Walder Goés e a mulher dele, Marília Goés, foram presos nesta sexta (10) com outras 14 pessoas durante a Operação Mãos Limpas.
Foram mobilizados 600 policiais federais para cumprir 18 mandados de prisão temporária, 87 mandados de condução coercitiva e 94 mandados de busca e apreensão, todos expedidos pelo Superior Tribunal de Justiça (STJ). Segundo a PF, estão envolvidos no esquema servidores públicos, políticos e empresários.
As apurações da Polícia Federal revelaram indícios de um esquema de desvio de recursos da União que eram repassados à Secretaria de Educação do Estado do Amapá, provenientes do Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação (Fundeb) e do Fundo de Manutenção e Desenvolvimento do Ensino Fundamental e de Valorização do Magistério (Fundef).
Durante a operação da PF foram apreendidos R$ 1 milhão, cinco carros de luxo e quatro armas. Os 18 presos foram transferidos para Brasília. O governador e o presidente do TCE estão na Superintendência da PF, enquanto os outros 16 presos estão em duas penitenciárias da cidade.










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