O senador Gilvam Borges (PMDB), concedeu ontem, através de sua assessoria de imprensa, entrevista comentando sobre a disputa pela segunda vaga no Senado Federal. Ele é o terceiro senador mais votado, atrás de João Capiberibe (PSB).
Na última quarta-feira (17), o TRE/AP disse que vai diplomar João Capiberibe (PSB), mesmo que ele esteja com caso sub judice em Brasília (DF). A assessoria de imprensa do TSE disse que o Tribunal só vai se manifestar após recurso que poderá ser movido tanto pelo Ministério Público como pela parte envolvida, ou seja, Gilvam Borges.
Enquanto a situação vive em meio termo, o senador comemora a recondução pela sexta vez consecutiva à coordenação da bancada federal amapaense e disse que vai tomar posse como senador reeleito.
Senador, na quarta-feira, o Tribunal Regional do Amapá decidiu que João Capiberibe está eleito. Sendo assim, como fica a situação do senhor?
Gilvam Borges - Com todo respeito, talvez João Capiberibe estivesse eleito se ele não tivesse a ficha suja. E não tem a ficha limpa porque comprou votos oito anos atrás, o que o levou a um histórico processo na Justiça, por corrupção eleitoral, que culminou com a cassação dele. Aliás, dele e da mulher.
Então a decisão do TRE do Amapá não vale?
Gilvam Borges - A questão é muito simples: se o Supremo Tribunal Federal, que é a mais alta Corte de Justiça do país, não desautorizou a decisão do Tribunal Superior Eleitoral, será que é o TRE do Amapá que vai desautorizar?
E a matéria publicada na Folha de S.Paulo, afirmando que Roberval Araújo acusa o senhor de ter comprado as testemunhas no processo que culminou com a cassação do casal Capiberibe?
Gilvam Borges - Quem leu a matéria, leu também que em um aspecto eu e Capiberibe pensamos exatamente da mesma forma: esse sujeito (Roberval Araújo) é um bandido. E quem tem que tratar com bandido é a polícia e a Justiça. E ambas estão agindo.
Agindo de que forma, Senador?
Gilvam Borges - O Ministério Público do Estado do Amapá propôs a Ação Penal Pública nº 00131377620098030001, no Tribunal de Justiça do Estado do Amapá, contra o advogado do casal Capiberibe, Antonio Tavares Neto, contra o ex-secretário do governo Capiberibe, Jardel Adailton Souza Nunes, e contra o militante do PSB, Jonhy Maycon Figueredo Lima.
E o que isso tem a ver com o Roberval Coimbra Araújo?
Gilvam Borges - Voltando ao túnel do tempo... Vamos lá: durante o processo, que culminou com a cassação dos mandatos do casal Capiberibe, mais especificamente depois que o recurso do PMDB chegou ao TSE, o casal Capiberibe determinou a seu advogado Antonio Tavares Neto, ao ex-secretário do governo Capiberibe, Jardel Adailton Souza Nunes (que foi, nestas eleições de 2010, um dos coordenadores da campanha de Camilo Capiberibe) e a um militante do PSB, Jonhy Maycon Figueredo Lima, que corrompessem as testemunhas, oferecendo-lhes R$ 20 mil para cada uma delas mudar seu depoimento.
E aí?
Gilvam Borges - Além de não conseguirem que as testemunhas mudassem seus depoimentos, eles próprios, os advogados de Capiberibe, juntaram cópia do vídeo, em que ofereceram a propina, aos autos do processo, o que resultou acalorado debate e indignação dos ministros do Tribunal Superior Eleitoral. O Procurador-Geral Eleitoral, Dr. Roberto Gurgel, revelou, em seu parecer, a atitude criminosa do grupo de João Capiberibe e solicitou “ampla apuração, para saber quem tomou a iniciativa de tentar desqualificar as testemunhas, e fazer-lhes ameaças”. Dr. Roberto Gurgel, que hoje é Procurador-Geral da República, chegou a conclamar que (Gilvam coloca os óculos, pega o papel e lê): “O fato merece julgamento com urgência, para evitar que as testemunhas possam continuar a sofrer ameaças e pressão para que mudem os depoimentos”.
Sim, mas e onde entra o Roberval no processo?
Gilvam Borges - Ele entra como testemunha dos réus. Dos réus que filmaram a tentativa de oferecer dinheiro às testemunhas para elas mudarem o depoimento. Roberval é testemunha arrolada pelos advogados do Capiberibe, que são réus em ação promovida pelo Ministério Público do Amapá. A denúncia do Ministério Público foi recebida pelo Juiz da 1ª Vara Criminal da Comarca de Macapá e encontra-se em fase de instrução criminal. Então, os réus dessa ação criminal ofereceram o nome desse meliante para a defesa deles.
A Folha de S.Paulo diz que esse Roberval teria trabalhado na TV Tucuju, da propriedade de sua família...
Gilvam Borges - E por que será que saiu? E por que só agora, depois do processo encerrado, essa testemunha tão correta e bem intencionada, para não dizer o contrário, engendra essa ficção e aparece do nada na chamada grande imprensa?
A que o senhor atribui?
Gilvam Borges - Se eu fosse jornalista, e estivesse a serviço da verdade, investigaria um pouco mais e duvidaria das notícias que me chegassem prontas e acabadas, sobretudo se elas dissessem respeito a políticos e surgissem em período eleitoral. É tão elementar quanto o be-a-bá. Agora, se o objetivo é tumultuar e escrever para confundir, parabéns para aqueles que se valem de jornais conceituados para atender a interesses espúrios e escusos. Aliás, agradeço a este jornal por me dar a oportunidade de tranqüilizar os meus eleitores e dizer que fui reconduzido quarta-feira, à coordenação da bancada federal do Amapá junto ao Congresso Nacional, pela sexta vez consecutiva. Também ontem recebi no meu gabinete, em Brasília, o governador eleito do meu estado, Camilo Capiberibe, a quem reiterei transparência, parceria e boa vontade para trabalhar em prol dos interesses maiores do Amapá.
Então o senhor está convicto de que assume o Senado em 1º de fevereiro?
Gilvam Borges - Tão convicto que o terno já está pronto. Tanto para a diplomação no dia 17 de dezembro quanto para a posse em 1º de fevereiro. É o meu terceiro mandato como senador. Minha responsabilidade também está elevada à terceira potência e a minha obsessão de fazer o melhor pelo Amapá também acompanha essa lógica: vou trabalhar três vezes mais. Vocês vão ver!
Na última quarta-feira (17), o TRE/AP disse que vai diplomar João Capiberibe (PSB), mesmo que ele esteja com caso sub judice em Brasília (DF). A assessoria de imprensa do TSE disse que o Tribunal só vai se manifestar após recurso que poderá ser movido tanto pelo Ministério Público como pela parte envolvida, ou seja, Gilvam Borges.
Enquanto a situação vive em meio termo, o senador comemora a recondução pela sexta vez consecutiva à coordenação da bancada federal amapaense e disse que vai tomar posse como senador reeleito.
Senador, na quarta-feira, o Tribunal Regional do Amapá decidiu que João Capiberibe está eleito. Sendo assim, como fica a situação do senhor?
Gilvam Borges - Com todo respeito, talvez João Capiberibe estivesse eleito se ele não tivesse a ficha suja. E não tem a ficha limpa porque comprou votos oito anos atrás, o que o levou a um histórico processo na Justiça, por corrupção eleitoral, que culminou com a cassação dele. Aliás, dele e da mulher.
Então a decisão do TRE do Amapá não vale?
Gilvam Borges - A questão é muito simples: se o Supremo Tribunal Federal, que é a mais alta Corte de Justiça do país, não desautorizou a decisão do Tribunal Superior Eleitoral, será que é o TRE do Amapá que vai desautorizar?
E a matéria publicada na Folha de S.Paulo, afirmando que Roberval Araújo acusa o senhor de ter comprado as testemunhas no processo que culminou com a cassação do casal Capiberibe?
Gilvam Borges - Quem leu a matéria, leu também que em um aspecto eu e Capiberibe pensamos exatamente da mesma forma: esse sujeito (Roberval Araújo) é um bandido. E quem tem que tratar com bandido é a polícia e a Justiça. E ambas estão agindo.
Agindo de que forma, Senador?
Gilvam Borges - O Ministério Público do Estado do Amapá propôs a Ação Penal Pública nº 00131377620098030001, no Tribunal de Justiça do Estado do Amapá, contra o advogado do casal Capiberibe, Antonio Tavares Neto, contra o ex-secretário do governo Capiberibe, Jardel Adailton Souza Nunes, e contra o militante do PSB, Jonhy Maycon Figueredo Lima.
E o que isso tem a ver com o Roberval Coimbra Araújo?
Gilvam Borges - Voltando ao túnel do tempo... Vamos lá: durante o processo, que culminou com a cassação dos mandatos do casal Capiberibe, mais especificamente depois que o recurso do PMDB chegou ao TSE, o casal Capiberibe determinou a seu advogado Antonio Tavares Neto, ao ex-secretário do governo Capiberibe, Jardel Adailton Souza Nunes (que foi, nestas eleições de 2010, um dos coordenadores da campanha de Camilo Capiberibe) e a um militante do PSB, Jonhy Maycon Figueredo Lima, que corrompessem as testemunhas, oferecendo-lhes R$ 20 mil para cada uma delas mudar seu depoimento.
E aí?
Gilvam Borges - Além de não conseguirem que as testemunhas mudassem seus depoimentos, eles próprios, os advogados de Capiberibe, juntaram cópia do vídeo, em que ofereceram a propina, aos autos do processo, o que resultou acalorado debate e indignação dos ministros do Tribunal Superior Eleitoral. O Procurador-Geral Eleitoral, Dr. Roberto Gurgel, revelou, em seu parecer, a atitude criminosa do grupo de João Capiberibe e solicitou “ampla apuração, para saber quem tomou a iniciativa de tentar desqualificar as testemunhas, e fazer-lhes ameaças”. Dr. Roberto Gurgel, que hoje é Procurador-Geral da República, chegou a conclamar que (Gilvam coloca os óculos, pega o papel e lê): “O fato merece julgamento com urgência, para evitar que as testemunhas possam continuar a sofrer ameaças e pressão para que mudem os depoimentos”.
Sim, mas e onde entra o Roberval no processo?
Gilvam Borges - Ele entra como testemunha dos réus. Dos réus que filmaram a tentativa de oferecer dinheiro às testemunhas para elas mudarem o depoimento. Roberval é testemunha arrolada pelos advogados do Capiberibe, que são réus em ação promovida pelo Ministério Público do Amapá. A denúncia do Ministério Público foi recebida pelo Juiz da 1ª Vara Criminal da Comarca de Macapá e encontra-se em fase de instrução criminal. Então, os réus dessa ação criminal ofereceram o nome desse meliante para a defesa deles.
A Folha de S.Paulo diz que esse Roberval teria trabalhado na TV Tucuju, da propriedade de sua família...
Gilvam Borges - E por que será que saiu? E por que só agora, depois do processo encerrado, essa testemunha tão correta e bem intencionada, para não dizer o contrário, engendra essa ficção e aparece do nada na chamada grande imprensa?
A que o senhor atribui?
Gilvam Borges - Se eu fosse jornalista, e estivesse a serviço da verdade, investigaria um pouco mais e duvidaria das notícias que me chegassem prontas e acabadas, sobretudo se elas dissessem respeito a políticos e surgissem em período eleitoral. É tão elementar quanto o be-a-bá. Agora, se o objetivo é tumultuar e escrever para confundir, parabéns para aqueles que se valem de jornais conceituados para atender a interesses espúrios e escusos. Aliás, agradeço a este jornal por me dar a oportunidade de tranqüilizar os meus eleitores e dizer que fui reconduzido quarta-feira, à coordenação da bancada federal do Amapá junto ao Congresso Nacional, pela sexta vez consecutiva. Também ontem recebi no meu gabinete, em Brasília, o governador eleito do meu estado, Camilo Capiberibe, a quem reiterei transparência, parceria e boa vontade para trabalhar em prol dos interesses maiores do Amapá.
Então o senhor está convicto de que assume o Senado em 1º de fevereiro?
Gilvam Borges - Tão convicto que o terno já está pronto. Tanto para a diplomação no dia 17 de dezembro quanto para a posse em 1º de fevereiro. É o meu terceiro mandato como senador. Minha responsabilidade também está elevada à terceira potência e a minha obsessão de fazer o melhor pelo Amapá também acompanha essa lógica: vou trabalhar três vezes mais. Vocês vão ver!
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