Dois jovens acusados de disputar "Pega" na rua José de Anchieta, na ocasião de um acidente trágico, foram presos pela Polícia Militar. Na delegacia, o delegado arbitrou fiança de R$ 1 mil e os dois foram liberados após o pagamento. A família da vítima ficou revoltada.
Na noite de quinta (23), dois jovens disputavam um "Pega" em uma rua escura e recém pavimentada no bairro Paraíso, em Santana. Um estudante de 18 anos que não tinha nada a ver com o "Racha" pagou com a vida. Os infratores pagaram fiança de R$ 1 mil e foram liberados. Deste então, os pais do estudante morto, Werickson Charles dos Santos Rodrigues, passaram a viver um drama. Além da perda trágica, eles tiveram que se confrontar com a impunidade.
Werickson Charles era estudante de ensino médio na escola Augusto Antunes, em Santana. Ele fazia parte de um curso de aprendizagem em informática ministrado pelo Senai, onde fez vários amigos e se tornou bastante querido. Por volta de 23 horas, Werickson caminhava na rua José de Anchieta, a poucos metros de casa, quando foi atropelado de forma violenta pelas costas. O veículo desgovernado era conduzido por outro adolescente identificado como Jotiniel Cardoso Campos, de 19 anos, que fugiu sem prestar socorro.
De acordo com a irmã da vítima, Débora Sabrina, Werickson foi arremessado com o impacto. "O carro que matou meu irmão vinha na contra mão. Eles estavam visivelmente drogados. Não havia cheiro de álcool. Nem sequer frearam. Nós estávamos dentro de casa quando ouvimos o estrondo muito forte e nos deparamos com a cena", disse Débora, que fez elogios ao trabalho da Polícia Militar (guarnição comandada pelo sargento da PM, Andrade), que conseguiu chegar aos envolvidos no homicídio.
Os dois jovens foram presos durante as diligências da Polícia Militar e foram conduzidos para a Delegacia de Polícia Civil de Santana, 1ª DP. Lá, foram interrogados, segundo o repórter policial João Bolero Neto, pelo delegado Raimundo Fagundes, plantonista. Quando todos os familiares da vítima aguardavam o indiciamento dos acusados e encaminhamento à penitenciária, foram surpreendidos por uma decisão que deixou todos intrigados, inclusive, outros delegados de polícia de Macapá. Raimundo Fagundes classificou o caso como homicídio culposo, ou seja, sem intenção de matar, arbitrou fiança de R$ 1 mil e soltou os infratores após o pagamento. (Nº B.O 1868/2010 - Nº TC 333/2010)
Segundo a PM, tanto Jotiniel, o atropelador, quanto o segundo envolvido, Sinval Cardoso Campos, de 18 anos, não possuíam habilitação, mesmo assim o delegado optou pela fiança. Há relatos de que Jotoniel foi beneficiado por conta de uma suposta amizade de seu pai com o delegado responsável pelo flagrante. "Quer dizer que a vida do meu irmão vale R$ 1 mil? Agora, eles podem vir aqui, ameaçar e fazer o que quiserem com a gente porque estão soltos. Eles deveriam estar na cadeia", desabafou Débora. "Outros pais podem sentir a mesma dor que nós estamos sentindo agora", disse o pai, bastante abalado.
De acordo com o pai, a rua José de Anchieta, no bairro Paraíso, há cerca de dois meses passou a ser o "Point dos Rachas". É o lugar aonde jovens bêbados e drogados escolhem para fazer disputas em alta velocidade. Desta vez, tudo saiu errado. "É o futuro interrompido pela brutalidade", referiu-se, o pai, ao acontecimento trágico e criminoso que resultou na morte do filho mais novo.
Werickson Charles era estudante de ensino médio na escola Augusto Antunes, em Santana. Ele fazia parte de um curso de aprendizagem em informática ministrado pelo Senai, onde fez vários amigos e se tornou bastante querido. Por volta de 23 horas, Werickson caminhava na rua José de Anchieta, a poucos metros de casa, quando foi atropelado de forma violenta pelas costas. O veículo desgovernado era conduzido por outro adolescente identificado como Jotiniel Cardoso Campos, de 19 anos, que fugiu sem prestar socorro.
De acordo com a irmã da vítima, Débora Sabrina, Werickson foi arremessado com o impacto. "O carro que matou meu irmão vinha na contra mão. Eles estavam visivelmente drogados. Não havia cheiro de álcool. Nem sequer frearam. Nós estávamos dentro de casa quando ouvimos o estrondo muito forte e nos deparamos com a cena", disse Débora, que fez elogios ao trabalho da Polícia Militar (guarnição comandada pelo sargento da PM, Andrade), que conseguiu chegar aos envolvidos no homicídio.
Os dois jovens foram presos durante as diligências da Polícia Militar e foram conduzidos para a Delegacia de Polícia Civil de Santana, 1ª DP. Lá, foram interrogados, segundo o repórter policial João Bolero Neto, pelo delegado Raimundo Fagundes, plantonista. Quando todos os familiares da vítima aguardavam o indiciamento dos acusados e encaminhamento à penitenciária, foram surpreendidos por uma decisão que deixou todos intrigados, inclusive, outros delegados de polícia de Macapá. Raimundo Fagundes classificou o caso como homicídio culposo, ou seja, sem intenção de matar, arbitrou fiança de R$ 1 mil e soltou os infratores após o pagamento. (Nº B.O 1868/2010 - Nº TC 333/2010)
Segundo a PM, tanto Jotiniel, o atropelador, quanto o segundo envolvido, Sinval Cardoso Campos, de 18 anos, não possuíam habilitação, mesmo assim o delegado optou pela fiança. Há relatos de que Jotoniel foi beneficiado por conta de uma suposta amizade de seu pai com o delegado responsável pelo flagrante. "Quer dizer que a vida do meu irmão vale R$ 1 mil? Agora, eles podem vir aqui, ameaçar e fazer o que quiserem com a gente porque estão soltos. Eles deveriam estar na cadeia", desabafou Débora. "Outros pais podem sentir a mesma dor que nós estamos sentindo agora", disse o pai, bastante abalado.
De acordo com o pai, a rua José de Anchieta, no bairro Paraíso, há cerca de dois meses passou a ser o "Point dos Rachas". É o lugar aonde jovens bêbados e drogados escolhem para fazer disputas em alta velocidade. Desta vez, tudo saiu errado. "É o futuro interrompido pela brutalidade", referiu-se, o pai, ao acontecimento trágico e criminoso que resultou na morte do filho mais novo.
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